A montadora Stellantis anunciou, na sexta-feira 9, que vai fechar uma fábrica da Jeep, em Belvidere, Illinois, devido aos altos custos na produção de carros elétricos e pode demitir mais de 1,3 mil funcionários. A fábrica era responsável pela produção do Jeep Cherokee.
A empresa afirmou em nota que “foi afetada adversamente por uma infinidade de fatores, como a atual pandemia de covid-19 e a escassez global de microchips, mas o desafio mais impactante é o custo crescente relacionado à eletrificação do mercado automotivo”.
O governo Biden propôs, em 2021, com o apoio de diversas fabricantes de automóveis, que os carros elétricos têm de representar 50% das vendas de veículos novos em 2030.
Sindicato não aprovou fechamento da fábrica da Jeep
O sindicato Trabalhadores Automobilísticos Unidos (UAW, sigla em inglês), porém, afirmou que a decisão foi “grosseiramente equivocada”, levando-se em conta a demissão em massa pelo fechamento da fábrica.
“We are all deeply angered by Stellantis’ s decision to idle the Belvidere Assembly plant without a plan for future product,” says UAW Vice President and Director of the Stellantis Department Cindy Estrada.”
— Unite All Workers for Democracy (UAWD) (@UAWD_Reform) December 9, 2022
“Estamos todos profundamente irritados com a decisão da Stellantis de ocultar a fábrica da Assemblaia de Belvidere, sem um plano para produtos futuros”, disse a vice-presidente do sindicato, Cindy Estrada. “Existem muitas plataformas de veículos importadas de outros países que poderiam ser construídas em Belvidere, com habilidade e qualidade pelos membros do UAW em Belvidere.”
Ainda de acordo com Cindy, “a transição para a eletrificação também cria oportunidades para novos produtos. Empresas como a Stellantis recebem bilhões em incentivos governamentais para fazer a transição para energia limpa, e é um insulto a todos os contribuintes que eles não estejam investindo esse dinheiro de volta em nossas comunidades”.
Leita também: “Um conjunto de barbaridades econômicas”, artigo de Ubiratan Jorge Iorio publicado na edição 142 da Revista Oeste.
