O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, marcou para 19 de dezembro o depoimento do ministro das Relações Exteriores, Carlos França, sobre o encontro do presidente Jair Bolsonaro (PL) com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho deste ano. Na ocasião, o chefe do Executivo fez críticas ao sistema eleitoral brasileiro.
França será o primeiro integrante do governo federal a depor sobre a reunião. A decisão do TSE sobre a reunião de Bolsonaro com embaixadores atende a um pedido do PDT, que acusou a chapa de Bolsonaro-Netto de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, tendo em vista que a reunião foi transmitida pela TV Brasil.
Outros ministros e assessores de Bolsonaro deverão ser ouvidos, incluindo o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), e o secretário Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência, Flavio Rocha.
Em 18 de julho, Bolsonaro convocou cerca de 40 embaixadores para explicar que as urnas eletrônicas têm vulnerabilidades. À época, o chefe do Executivo também manifestou-se a favor do voto auditável, barrado na Câmara dos Deputados no ano passado. Segundo Bolsonaro, o dispositivo ajudaria a trazer mais credibilidade para o processo eleitoral.
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