Instalada há pouco mais de um dia, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro já recebeu quase 400 requerimentos de investigação. A maioria refere-se a pedidos de convocação de oitivas.
Entre os documentos, dois se referem ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Um, protocolado pelo deputado federal Rogério Correia (PT-MG), deseja convidar o ex-chefe do Executivo para depôr no colegiado.
Já o segundo, proposto pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), pretende acessar os dados do celular de Bolsonaro, que foram extraídos pela Polícia Federal durante a Operação Venire.
A oposição, porém, não está de mãos atadas e pretende fazer investidas contra o ex-ministro do GSI General Dias, que foi o objeto de dez requerimentos, e o ministro da Defesa, José Múcio. Além disso, eles solicitam quebras de sigilo das investigações sobre o 8 de janeiro, que tramitam no Supremo Tribunal Federal.
CPMI do 8 de janeiro vai de Torres a Moraes
Entre as centenas de requerimentos, estão sete convocações ao ex-ministro Anderson Torres, um pedido de reunião com o ministro Alexandre de Moraes; do Supremo Tribunal Federal, cinco convocações ao ministro da Justiça, Flávio Dino; diversas convocações aos advogados dos presos do 8 de janeiro; convocação ao diretor do Complexo da Papuda, Marcelo Praxedes; etc.
A oposição também pediu a disponibilização de todos os alertas feitos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em relação à possibilidade de manifestações violentas; e solicitou à Força Aérea Brasileira informações detalhadas sobre todos os planos de voos referentes às viagens feitas pelo presidente Lula entre 6 a 8 de janeiro, às cidades de São Paulo e Araraquara.
Os parlamentares governistas também protocolaram diversos requerimentos solicitando a transferência dos sigilos bancários de pessoas que teriam financiado os atos de depredação. Na quinta-feira 25, Oeste detalhou os primeiros requerimentos feitos na CPMI.
