Depois, a perícia deve começar a prestar esclarecimentos do resultado da análise. Por fim, o réu vai depor por videoconferência, para evitar que a presença dele intimide as testemunhas.
“Esperamos que ele seja condenado à pena máxima de 15 anos de prisão”, disse Francisco Valdeir da Silva, um dos advogados da vítima. “O que ele fez foi contra a mulher, na sala de parto. É uma violência contra a mulher, ele violou um dever de profissão dele. Então, só aí, temos três agravantes. E, por se tratar de um crime hediondo, quando se junta tudo isso, vai se acrescer mais da metade da pena dele.”
Entenda o caso do médico estuprador
Funcionárias do Hospital da Mulher Heloneida Studart, no Rio de Janeiro, decidiram gravar Quintella com uma câmera escondida, depois de desconfiar da atuação dele em outros procedimentos cirúrgicos. Elas começaram a estranhar a quantidade de sedativo aplicada e como ele se movimentava atrás do lençol que separava a equipe.
Ao verificar as imagens, as funcionárias acionaram a polícia. Conforme o G1, a checagem não pôde ser feita em tempo real, impossibilitando que o crime fosse impedido. Uma das funcionárias disse à polícia que Bezerra sempre ficava à frente do pescoço e da cabeça da paciente, fazendo com que nenhum outro funcionário pudesse ver o que acontecia na sala de cirurgia.
No vídeo em questão, uma mulher está deitada na maca, anestesiada. De um lado, a equipe médica inicia a cesariana na paciente. Do outro, o criminoso abre o zíper da calça e introduz o órgão sexual na boca da mulher.
Em 11 de julho, o médico foi levado para a Cadeia Pública José Frederico Marques, Rio de Janeiro, onde passou por uma audiência de custódia. Depois, Quintella foi encaminhado para Bangu 8.