O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, será investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O corregedor do órgão, ministro Luís Felipe Salomão, é o responsável por abrir a apuração.
A decisão foi tomada com base em informações extraídas da delação premiada do advogado José Antônio Fichtner, compartilhadas em setembro com o CNJ pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em seu depoimento, Fichter acusou Marcelo Bretas de “corrução passiva” e suposto tráfico de influência junto ao advogado Nythalmar Dias Filho, que teria acesso privilegiado aos autos de vários processos sob responsabilidade do magistrado.
Salomão determinou que Bretas seja intimado a prestar depoimento até o fim deste ano. O juiz deve ser julgado na primeira sessão do CNJ, marcada para 14 de fevereiro de 2023.
Se condenado, Bretas pode perder o cargo e ser levado à aposentadoria compulsória.
Marcelo Bretas não é o único alvo do CNJ
Em setembro deste ano, a juíza Ludmila Lins Grilo, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, tornou-se alvo de uma investigação do CNJ por ter participado de atos supostamente políticos, criticar decisões de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e divulgar canais do jornalista Allan dos Santos.
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